Tuesday, May 29, 2007

Sorriso maroto


Fui de colar de pérolas a pipocas enfileiradas em terreiro de macumba. Sisos malditos!Lá se vão sete anos de aparelho ortodôntico. Justo agora, em que os nerds colhem os frutos da humilhação colegial, eu resolvi embarangar. Mais fácil colher trufa em Cuiabá.

Wednesday, May 23, 2007

Não foi refrescante

Achei um halls sabor tristeza. Estava desembrulhado e solto no bolso de um jeans que nem é o meu favorito. Acreditava que todas essas balinhas tivessem acabado. Elas têm gosto de vazio e tiram o sono. Será que era a última com sabor extra forte? Não quero encontrar outra. Vou parar de usar calças.

Thursday, May 17, 2007

Twenty-five going on twenty-six




É hora de fugir do convento. Faz tempo que eu faço tudo errado: falto à missa, canto músicas pagãs e, obviamente, não vejo meus amigos. Mas não apareceu uma Madre Superiora desgraçada para me expulsar daqui. Mais uma vez, estamos eu e meu vestido comprido em frente ao portão. E aí, Maria? Pra onde eu vou?
Eu nunca quis ver que o mundo era maior do que meu canto, aqui no convento. Às vezes, eu escalava uma ou outra montanha e cantava sobre as asas dos pássaros. E via todo aquele mundão grande me encarando. Também via casas e pessoas pequenas, o que me confortava. Logo, o ar e o sol ficavam intensos demais. Eu tinha que descer, eu precisava voltar para a proteção do convento.
Agora, estou pela milésima vez com a chave na mão. Há milhares de militares aposentados com sete filhos para criar me esperando lá fora. Assim como há condessas malvadas para me prejudicar. Mas desta vez, eu quero jogar a chave fora e pular muro. Para nunca mais voltar.



Are the hills really alive? (abertura de The Sound of Music)

http://www.youtube.com/watch?v=kPvWXfkjyEQ


Sim, todos nós ficamos mais velhos! (Sixteen going on seventeen)

http://www.youtube.com/watch?v=jH1HwY5Xznc&mode=related&search=

Sunday, May 13, 2007

A engraçada e a malvada


Passei o fim de semana em retiro espiritual. Os amigos mais chegados sabem o que isso significa: o chato do Thiago ficou mais uma vez em casa, ele tem preguiça de humanos e vai morrer sozinho num pequeno apê alugado.

Para ocupar o tempo, me dediquei a uma batalha perdida: disputar com Bette Davis quem fumava mais cigarros. Para cada tragada de Margo Channing em A Malvada, eu respondia com uma outra diretamente do mundo real (porém chato) dos vivos. Não preciso dizer quem ganhou...

Derrotado, mas não abalado, pois perder para Bette é uma honra, marquei um encontro com outra fumante, na mesma tarde, Lucille Ball. Era o sábado "Abaixo ao Pulmão". Em The Lucy Show, Lucy estava mais velha, porém já colorida. Bom poder ver sua marca registrada, os cabelos ruivos (originalmente castanhos). Ruim vê-la repetindo tudo que havia feito de bom em I Love Lucy, na década anterior. As mesmas caretas, as pernas compridas desajeitadas e o choro rouco (cof cof) e histérico.

Ainda sim, Lucy era engraçada e arrebataria mais uns Emmys (premiação que, assim como as outras, foi criada para deixar gays em casa pelo menos por uma noite) com este seriado. Seu estilo influenciou uma porrada de gente como Fran Drescher, que colou descaradamente em Lucy com seu The Nanny, ou Debra Messing, que a usou moderadamente em Will & Grace.

O mais engraçado é que Lucille não se achava nem um pouco engraçada. Passou a década de 1940 inteirinha tentando ser atriz em Hollywood e acabou virando rainha dos filmes B. Não a culpo. Deve ter sido traumatizante ser uma adolescente ofuscada na escola de teatro por uma jovem de olhar inconfundível chamada Bette Davis. A malvada tinha criado a engraçada e eu nem sabia. Foi um ótimo sábado.

Sunday, May 06, 2007

Fast and deep food

Data real do post: última quarta-feira (acho que dia 2 de maio)
Fui jantar com a Beta no Mc. Foi ótimo. Ela fala, eu entendo. Eu falo, ela entende. Nós falamos, as pessoas riem. Humor autodepreciativo (acho que está certo, automóvel é tudo junto!) de qualidade é para poucos. Que eles aprendam, Beta!
Sugestão de plano B ao jornalismo: poderíamos trabalhar numa fábrica de bombom, que tu (querendo se integrar) achas?

Tuesday, May 01, 2007

On the other hand...

O otimismo do texto aí embaixo me deixou meio enjoado. Fiquem agora com um pouco de mundo real!

A vida como ela é
Última balada, último sábado. Quatro e meia da manhã e não havia pintado nada. Uma mão enrosca na outra, hora de parar. Altura? ok. Cabeça raspadinha? ok. Braços, pernas, boca? Muito, muito ok.
Calma, quem me conhece já está gritando: "esse não é o mundo real de Thiago, ele não pega ninguém!", mas o melhor está por vir. Alimente seu sadismo com esse trecho do diálogo pós-pegada com o parrudinho.
P - Quantos anos você tem?
T - 24! Ops, quer dizer, acabei de fazer 25. (mentir a idade é sinal de velhice)
P - Nossa, você parece tão novinho.
T - Ah... (bebe mais um gole de vodka)

Aqui, nos esforçamos para melhor servi-lo, caro leitor!

Vídeo da Cher aos 30. Um ícone da luta contra o envelhecimento tirano. Such a cute song too!
http://www.youtube.com/watch?v=FoLuekOt9wE

Now, It's too late, baby!

Essa música da Carole é ótima, né? Mas a sensação de que o tempo havia passado rápido demais ficou para trás ontem. Depois de completar 25 anos, no último dia 19 de abril, fiquei com aquele gosto amargo na boca de que deveria ter trepado mais, comido menos, viajado mais e toda a infâmia imortalizada naquela canção infame do Titãs. (Aha, agora ela vai ficar na sua cabeça!).
Gente, mas a ciência está aí para quê? Olhem Cher, vejam a Hebe e Miss Potter então? Assisti ontem. Ser descoberta autora aos 32, ter o primeiro amor inocente (aquele que dá errado, sabe?) aos 32...Isso me dá mais sete anos, tão místico.
Pronto, virei a ampulheta e estou pronto para novas aventuras. Alguém quer ser a Thelma? Faço mais a linha Susan Saradon, sabe...

Vídeo da Carole King, a música é muito mais bonita do que este post. E não tem nada a ver com ele.
http://www.youtube.com/watch?v=elbbTji-auY