Ser um adolescente gay era fazer adaptações. Os testes da Capricho não eram planejados para você, mas com um jeitinho, dava para fazer com as amigas de escola e descobrir mais sobre si mesma, ops, mesmo. As revistas de sacanagem hétero (aquelas do seu pai ou do seu irmão) traziam sempre um cara que pegava/tocava/roçava no pau diante de uma vadiáina. Era excitante, num tempo de muitos mimiógrafos e pouca internet.
Com as Spice Girls também foi assim, com uma pitada de pêlos e roupas melhores para Sporty Spice, fiz (e muitos outros fizeram) a minha versão do Girl Power, o Gay Power. Deve ser por isso que o retorno delas me deixou confuso: era ruim ou era boa aquela época?
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